terça-feira, 24 de julho de 2012

MULTIPLICIDADES NA CLÍNICA


(...) (...)  Então, o nosso Contexto é tudo que  implica ser atual. Nada  abstrato; pelo contrário: o Concreto se expressa no corpo que se arrasta, vacila,  bem como se  ergue, flutua e dança. Não consideramos uma ordem serial de vetores etiológicos que  caberiam numa  lógica dura para “explicar”o quadro psicopatológico ou até o diagnóstico nosológico. Ao contrário, a própria etiologia é uma multiplicidade como no caso das síndromes orgânicas acima de qualquer  suspeita (lesões cerebrais demonstráveis). É possível trabalhar num campo de possibilidades  existenciais que emerge de cada  contato. Isso  precisa ser  inventado. Pensar é  criar  também do lado de quem cuida e não se restringe ao imperialismo  da técnica. O devir-pensamento, como todo devir, funciona em bloco, como uma “liga”entre partes dispersas e heterogêneas da subjetividade; não para juntá-las numa  totalidade, mas para  torná-las  consistentes em si mesmas.

(...)
A.M.

Um comentário:

  1. Enquanto isso, numa ilha distante...

    http://www.youtube.com/watch?v=1r7kkSOCQZE

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