PENSAMENTO SEM IMAGEM
(...) (...) Propomos, então, avaliar o “pensar” ao invés do pensamento; este, um depósito de sanções conceituais dualísticas, seja como o puro espírito, seja como secreção oriunda de um cérebro apassivado. Nem uma coisa nem outra, o pensamento é o fluxo dos devires que traça suas linhas tortuosas na busca de expressões do mundo. Uma clínica voltada apenas à visibilidade das coisas não mostra isso. Ademais, fabrica outro corpo e o chama de organismo. Onde estaria o pensamento? Nas alturas do espírito? Na “outra cena” ? Ele é o que viaja, ainda que possa estar no mesmo lugar. Seus vôos têm a marca do invisível e da velocidade.
(...)
A.M.
Não se preocupe. Já estivemos juntos um dia. Já fomos parceiros. Hoje, não mais. Um dia, não seremos mais parceiros, mas estaremos do mesmo lado. Afinal, não quero ser um subordinado, nem terminar na ala de um hospital psiquiátrico. Acontece que, quando chegar lá, não estarei proferindo um discurso quase abolicionista da instituição para a qual sirvo, a pretexto de me beneficiar dela. Essa é uma diferença entre nós, além de outras. Digamos que eu seja mais ingênuo...
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