sexta-feira, 27 de julho de 2012

NÃO EXISTE UMA TEORIA PSIQUIÁTRICA DA AFETIVIDADE

(...) (...)A  larga  utilização de psicofármacos em associações  variadas borra  a  linha abstrata  que  divide os doentes dos  não-doentes. Para a psiquiatria atual tudo  é psiquiatrizável. Esta sentença  diagnóstica ocupa o lugar de poder respectivo ao enunciado. Importa que o paciente seja   medicado e adaptado. O afeto é secundário à tal manobra terapêutica  porque  ele foi  posto como consciência do sentimento no pacote nosológico. Se  todos são  julgados de antemão  doentes, não interessa saber o que efetivamente sentem (qual o afeto?) e sim o que  fazem... É um regime  paranóico guiado pela razão: desconfiar da afetividade.
(...)
A.M.

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