NÃO EXISTE UMA TEORIA PSIQUIÁTRICA DA AFETIVIDADE
(...) (...)A larga utilização de psicofármacos em associações variadas borra a linha abstrata que divide os doentes dos não-doentes. Para a psiquiatria atual tudo é psiquiatrizável. Esta sentença diagnóstica ocupa o lugar de poder respectivo ao enunciado. Importa que o paciente seja medicado e adaptado. O afeto é secundário à tal manobra terapêutica porque ele foi posto como consciência do sentimento no pacote nosológico. Se todos são julgados de antemão doentes, não interessa saber o que efetivamente sentem (qual o afeto?) e sim o que fazem... É um regime paranóico guiado pela razão: desconfiar da afetividade.
(...)
A.M.
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