domingo, 15 de julho de 2012

NÃO ENSINAR

(...)  (...) Ensinar psicopatologia é não ensinar a antiga-atual  psiquiatria biológica. Há pouco a dizer, exceto que o assassinato da psicopatologia se avizinha na velocidade de um tempo cibernético. Não ensinar essa  psicopatologia  porque ela  não problematiza  os signos  da clínica  e  reduz a expressão do  paciente a falas e comportamentos padronizados em tabelas, gráficos e índices de normalidade.A loucura como experiência do mundo foi denegada e reduzida a significantes justapostos (cérebro e comportamento) que obedecem a métodos de pesquisa  tão mais refinados quanto distantes dos afetos. Então, o ensino  tornou-se  ressequido em métodos cognitivistas e sintomas cerebrais que os referendam. Uma doutrina sectária se afirma sob  o conforto da  técnica e o prestígio  da ciência. 
(...)
A.M.

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