sexta-feira, 6 de julho de 2012

RELIGIÃO MORTA

Minha opinião acerca da religião é a mesma de Lucrécio. Considero-a como uma doença nascida do medo e como uma fonte de indizível sofrimento para  a raça humana. Não posso, porém, negar que ela trouxe certas contribuições à civilização. Ajudou, nos primeiros tempos, a fixar o calendário, e levou os sacerdotes egípcios  a registrar os eclipses com tal cuidado que, com o tempo, foram capazes de predizê-los. Estou pronto a reconhecer esses dois serviços, mas não tenho conhecimento de quaisquer outros.
(...)
B. Russell - do livro Porque não sou cristão

Um comentário:

  1. Passei anos e anos a fio sendo discriminado por tentar pensar e repensar a psicologia, funcionar um pouco como "psicólogos dos psicólogos". Falo isso no tom menos arrogante possível, somente para ser didático. Tentava fazer com que os estudantes ou psicólogos encarassem a psicologia sem amarras e com perspectivas, novidades. Mas, todos preferiram se enquadrar em teorias representativas ou cederam às imposições do Mercado. Fiquei sozinho. E, como se não bastasse, ouvi, inclusive de amigos ou pessoas próximas a mim, que eu tinha desistido da Psicologia ou abdicado dela em função do início dos estudos em Direito. Com essa informação circulando, perdi pacientes, credibilidade e, se a visibilidade já era pouca, pois era recém-formado, ficou menor ainda. Atualmente, o único brilho que me restou foi o delírio. E eu sempre respondi a essas críticas com o silêncio, embora houvesse, somente no início, algum nível de ressentimento. Hoje, não tenho mais ressentimento algum, até porque, já estou prestes a formar em Direito, caso a UFBA não atrapalhe este tempo com suas greves crônicas. Sendo assim, minha meta está prestes de se concretizar. Tinha tudo para pensar em nível de vingança, mas tenho um coração bom, sem espírito vingativo. Transformei o ressentimento em desafio. E, tanto para os que disseram isso quanto para os que não disseram mas acreditaram (ou ainda acreditam) nos outros, a resposta não durará muito tempo. Abrirei mais espaço de trabalho para os psicólogos. Farei isso da única forma possível: de FORA. Como psicólogo e apenas isso, ninguém me ouviria ou respeitaria. Ao contrário de Sócrates, não irei me impor, autoritariamente. Não é nada pessoal. Minha relação não é com vocês, psicólogos ou estudantes, nem é por vocês que farei isso, muito embora muito do que sofri tenha sido alimentado como desafio em função de comportamentos pessoais. Mas, não criarei instituições, doutrinas. NÃO SE TRATA DE RELAÇÃO SUBJETIVA. Minha relação é com os caminhos, pura e simplesmente. Por onde passar, quero abrir caminhos. Quem quiser, que aproveite.

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