sábado, 16 de junho de 2012

MUNDO, HOJE


Um comentário:

  1. Quer ver uma coisa? Façamos um exercício que estou acostumado a fazer: ASSENTAR. Vamos sair da discussão ABSTRATA, ou CONCEITUAL, que se prende mais a AUTORES e à Forma-Academia disfarçada de preocupação com o pensamento. A questão é a seguinte. É bem possível que alguém conteste o fato de que eu seja psicólogo, por questões de postura, por falar verdades, por perseguir outras buscas interdisciplinares, etc. E contestam por dois motivos: a) representação. b) parâmetro de comparação. Quanto ao primeiro, a representação que têm de um psicólogo, do que ele é, de como deve se comportar, de como partilhar de uma cultura comum aos psicólogos, do que dizer, de como agir. A simples diferença já gera um nível de reprovabilidade, que leva a comparações: ele não assume que é psicólogo, ele mudou de profissão, ele isso, ele aquilo. NINGUÉM LEVA EM CONTA INDIVIDUAÇÃO ALGUMA. O julgamento se dá na base do INDIVÍDUO, de sua percepção moral, social, dos costumes, enfim, de modelos e parâmetros de subjetividade que circulam, enquanto comunicação, entre um grupo ou outros grupos. A INDIVIDUAÇÃO VEM DE FORA. Ocorre, por exemplo, quando você se APAIXONA e se descobre numa nova fase, se redescobre e se reinventa. Mas, NUNCA, NUNCA MESMO, por si mesmo, NEM PELOS OUTROS você opera esse movimento. Ou seja, individuação pelo indivíduo. Você sequer é alvo ou objeto, embora - no caso de uma pessoa - alguém possa ser alvo de sua paixão. Porém, aí, nem mesmo ela será mais UMA PESSOA. Ela compõe uma relação afetiva. Para ser mais direto, ao meu ver, você acaba pisando na bola quando INSISTE NO CONCEITO DE SUBJETIVIDADE. É que OS AFETOS BASTAM. Isso mesmo você fala: em captar os afetos. Perceba que os afetos não têm a mesma natureza da subjetividade. Consegue fazer essa distinção?

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