sexta-feira, 1 de junho de 2012

AINDA SOBRE O MÉTODO DA DIFERENÇA

(...) (...)O método da diferença  traz essa possibilidade para o interior da  clínica. Os fármacos podem (claro  que  sim!)  ser parceiros  numa   empreitada   sem signos  prévios. Use e controle  essa  droga  lícita, sabendo que ela  pode se  tornar  ilícita  se atentar  contra a criatividade  do   seu  viver.  Não só  a química, mas  todo  e qualquer  objeto  pode  induzir a uma dependência  abjeta.  O  psiquiatra-feiticeiro não é esse objeto.O psiquiatra"remedeiro",sim. Este se alimenta  de  subjetividades  enrijecidas, esvaziadas, ocas, trastes apelidados  de pacientes. É preciso, pois,   um combate incessante contra a máquina farmacológica. O fármaco é apenas um elemento   prático-terapêutico. Um devir-feiticeiro conta com outros elementos: a sensibilidade, a intuição, a percepção  do invisível,o senso de observação, a escuta do silêncio,a espreita, todo um conjunto  de dispositivos...
(...)
A.M.

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